sábado, 9 de julho de 2011

Busão.

Vou relatar a (minha) vida, de pessoas que dependem de busão para se locomover de um lugar a outro. Busão é o lugar onde a democracia, respeito e educação não entram as pessoas não respeitam o espaço dos outros, muitas falam alto no celular (nisso todo mundo fica sabendo da vida do dito cujo), em horários de pico, o negócio vem cheio (lotado, abarrotado, etc) de gente, muitos com mau cheiro, por que né trabalhou o dia inteiro e o Rexona vence com isso a situação fica bastante complicada.

Eu sou estudante, mas tem alguns que são muito idiotas, ficam fazendo graça, o busão está lotado, ninguém quer agüentar guris de quinze ou dezesseis anos fazendo brincadeira, de meninos de dez anos, isso quando não ficam empurrando ou escorando na gente. O que mais me deixa nervosa, são essas pessoas que ficam se esfregando em mim (ainda mais se for homem) se for uma moça formosa tudo bem, eu aceito numa boa, mas como é luxo e raro, mulher bonita andar de busão lotado, eu tenho que agüentar esse povo folgado.

Eu não quero falar mal de ninguém, mas o que fode às vezes atrapalha, são pessoas idosas, (mano) eles não trabalham, muitos vão para o baile dançar o dia inteiro, e inventam de ir embora, no mesmo horário que os trabalhadores e estudantes, tudo bem deles aproveitarem (o fim da vida) a velhice, mas tem que perceber, que o horário das 16:00 até umas 20:00, é um horário que muitos trabalhadores estão indo embora. Daí só ouve alguns falar: “Ah mocinha (o) não quer dar o lugar, para o vô (ou vó,) que dançou o dia inteiro?”. Daí responde: “Vou não, posso não, quero não”.

Mas sem brincadeira nenhuma, várias vezes isso já aconteceu, de senhores ou senhoras, que dançaram o dia inteiro no (rela bucho) baile e vem pedir banco para os mais novos, eu já ouvi muitas histórias de trabalhadores que brigaram com os vovôs e vovós, muita gente não gosta deles (sério, mesmo). O mais engraçado, é quando você está sentado, em algum dos bancos que ficam do lado da janela, daí entra um bichinho, que não consegue sair e fica se batendo na janela, e você só fica olhando ele vir cada vez mais em sua direção.

Pelo menos eu não sei o que fazer, matar eu não vou, fico na duvida se eu ignoro ele, ou se continuo olhando-o até ele ir embora, daí em quanto isso, você fica com aquela cara tensa misturada com medo dele entrar nos olhos, ou enroscar no cabelo. O que ferra com tudo mesmo são aquelas pessoas que ficam ouvindo músicas altas, dentro do busão, sem fone, e (mano) é funk e sertanejo, na maioria das vezes. Muita gente (eu) não gosta desse tipo de música, sertanejo até vai (não pra mim, mas os outros até toleram mais), mas funk mata qualquer um, pessoas que fazem isso, se toque, respeito é bom e não é um luxo.

Algumas vezes aconteceu de o busão estar silencioso e o cidadão, pega o celular, liga o som no último, e coloca aqueles funk de matar qualquer alma viva, daí como diz minha mãe: “O sangue vai subindo, pra cabeça, dá um amargo nos olhos” (só um jeito que baiano tem, para falar que estava ficando nervoso) Eu fico realmente nervosa, por que do mesmo jeito que muitas pessoas podem não gostar do meu estilo de música, eu também não vou gostar do estilo delas, deveria ter mais respeito e desconfiometro em relação a isso, eu não sei a quem essa pessoa quer impressionar, para mim está fazendo papel de idiota.

Dá uma vontade de falar, (momento de palavreado de baixo escalão, a audiência fica a critério dos leitores): “Desliga essa porra, caralho, ninguém é obrigado a ouvir esses tipos de merdas, porra, se toca otário, mais que desgraça, será que não pode ter um pouco de paz em lugar nenhum? Caralho”, subindo no salto novamente, então é muito difícil a vida de pessoas que pegam busão, se houvesse um pouco mais de respeito, tudo ficaria bem melhor.

Bjokas até a próxima postagem.

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